Os Estados Unidos chamam a atenção quanto ao alarmante crescimento de alergias provocadas pelo amendoim, item obrigatório na mesa dos americanos. São nada menos do que 1,8 milhão de pessoas que passam mal quando comem qualquer coisa à base dessa oleaginosa. Sem contar leite, banana, ovo, frutos do mar.
Os genes têm culpa no cartório. Se os pais apresentam algum tipo de reação, mesmo que não tenha a ver com comida como asma ou dermatite, o filho tem 75% de risco de desenvolver uma manifestação do gênero, incluída a alergia a algum tipo de alimento. Ela ocorre quando o sistema imunológico passa a enxergar a proteína de determinado ingrediente como uma ameaça.
A incidência do distúrbio cresce principalmente em regiões industrializadas. Por isso, uma das hipóteses é a chamada teoria da higiene, revela Scott Sicherer, pesquisador do Hospital Monte Sinai, em Nova York. De acordo com ela, os hábitos de limpeza, as vacinas e os antibióticos tornam as pessoas menos expostas a infecções. Isso levaria o organismo a, digamos, perder a noção de relevância e atacar algo que não representa real perigo, como a proteína de um alimento.
O curioso é que a reação alérgica pode desaparecer à medida que a criança cresce ou, então, no outro extremo, se manifestar apenas na fase adulta. Ainda não se sabe o motivo, mas na infância algumas células passam a produzir substâncias que bloqueiam os anticorpos, pondo um ponto final na alergia em muitos casos. Estamos falando de crianças. Com adultos, uma vez iniciada, a história não tem fim.
"Uma pessoa pode comer camarão a vida inteira e só aos 30 anos reagir a ele", ressalta. Bem, a partir dessa primeira crise... Ela vai apresentar os sintomas toda vez que ingerir o crustáceo, lamento informar.
(Reportagem Daily News - Tradução Erika DaCunha)
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